quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Família Santa

27 DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B

LEITURAS BÍBLICAS
PRIMEIRA LEITURA (Gn 2,18-24) Depois de ter criado o homem, Deus disse: Não é bom que o homem esteja sozinho. Vou dar-lhe uma companheira. Enquanto o homem dormia, Deus tirou-lhe uma costela e com ela formou uma mulher e apresentou-a ao homem. Quando o homem viu a mulher, exclamou: Eis o osso dos meus ossos e a carne da minha carne. Deus acrescentou: Agora, o homem deixará o pai e a mãe e se unirá à sua mulher e os dois serão um só.
O texto bíblico da primeira leitura faz parte da crônica do Livro do Gênese onde Deus descreve a criação maravilhosa do homem e da mulher. Neste texto escolhido de propósito pela Igreja para a primeira leitura desta Missa afirma que o ser humano não pode viver na solidão. Só com a mulher, igual a si em dignidade e filiação divina, o homem atinja a consciência de si e de que com uma mulher junto de si está destinado a dialogar e a completar-se na mútua doação. O namoro, pois, deve ser considerado um tempo de descoberta mútua e de procura de um projeto comum de vida e nunca uma pura satisfação egoísta de instintos sexuais.
SEGUNDA LEITURA (Heb 2,9-11).
TERCEIRA LEITURA (Mc 10,2-16). Certo dia os fariseus perguntaram a Jesus: Pode um homem despedir a sua mulher por qualquer motivo? Jesus respondeu-lhes: Moisés que é que vos ordenou? Eles responderam: Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio e despedisse a mulher. Jesus respondeu-lhes: Foi por causa da dureza dos vossos corações que ele vos deu essa lei. Mas no princípio não era assim... Deus fê-los homem e mulher para ser um só. Portanto, o que Deus uniu, não separe o homem. E quem despedir a sua mulher e casar com outra, comete adultério e se a mulher despedir o seu marido e casar com outro, comete adultério também.
Caríssimos irmãos, o tema principal de meditação deste primeiro domingo de Outubro – mês das Missões e de Nossa Senhora do Rosário – é o matrimônio e sua dignidade e indissolubilidade. É indiscutível a importância da família na sociedade e na Igreja. É a célula base do organismo social e eclesial. Em 1980 realizou-se um Sínodo dos Bispos sobre a problemática familiar donde derivou a Exortação Apostólica -"Familiaris
consorcio" - de João Paulo II, que trata das luzes e sombras da família de hoje. A Família é a "Igreja doméstica" onde se joga o futuro da humanidade e da própria Igreja. Numa simples homilia dominical é impossível falar, com profundidade, da família, da preparação dos noivos para assumirem esse "enorme encargo social" de povoar o mundo de seres humanos e não só, mas também, e, sobretudo, de "gente"
boa, solidária, amiga, onde se viva como verdadeiros irmãos e filhos de Deus!
Numa palavra: A Família, hoje, de um modo geral, precisa com urgência de séria reforma social e religiosa, onde Deus seja respeitado e amado, e seus componentes verdadeiros Santos! Estão diminuindo assustadoramente os casamentos abençoados por Deus (religiosos) e legitimamente constituídos, para trancar essa desenfreada onda de amasiamentos e até de "casamentos gays" que é uma VERGONHA! Precisamos, pois, reverter este estado de coisas; precisamos rezar pelas famílias, pelos noivos e particularmente pelos jovens. Precisamos, sim, agora, de implantar no coração de todos os homens, máxime, de todos os casais, o amor de Jesus que tanto nos amou e pediu que nos amássemos, também, uns aos outros, como irmãos.
4 de outubro de 2009.
Côn.Pe. Domingos G.das Eiras
(Pároco emérito de Itaboraí)

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