sábado, 21 de fevereiro de 2009

VII Domingo do Tempo Comum - Ano B

DOMINGO DE CARNAVAL!

LEITURAS BÍBLICAS:
PRIMEIRA LEITURA

(Is 43,18-19.21-22).
SEGUNDA LEITURA
(2 Cor 1.,18-22).
TERCEIRA LEITURA
(Mc2,1-12)
Estando Jesus em Cafarnaum, certamente em casa de Pedro, trouxeram-lhe um paralítico carregado por quatro homens. Havendo dificuldade em o levar até à presença de Jesus, abriram o teto da casa, bem em cima do lugar onde Jesus estava, e desceram o paralítico na cama em que estava deitado. Ao ver a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados. Estavam ali sentados alguns escribas – mestres da Lei – ouvindo Jesus dizer ao paralítico: estão perdoados os teus pecados, começaram a falar: este homem está blasfemando; ninguém pode perdoar pecados senão Deus somente. Jesus percebeu logo que eles estavam pensando mal dele, disse ao paralítico: Levanta-te. Pega tua cama e vai para tua casa! O paralítico, então, se levantou, carregou sua cama e foi embora.
Caríssimos irmãos e irmãs, desde há cinco Domingos que a mensagem dominical insiste em nos falar da Identidade de Jesus. E quem me ouve ou lê pela primeira vez, eu quero reafirmar que o Identidade de Jesus é Libertar o homem da escravidão do pecado. No segundo Domingo do Tempo Comum São João Batista vendo passar perto de si a Jesus, disse: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Logo dois discípulos de João seguiram a Jesus.
No 4º Domingo, o Evangelista São Marcos referiu-nos uma cena que se passou na sinagoga de Cafarnaum: Jesus mandou calar um endemoniado que o impedia de falar
No 5º Domingo, São Marcos, nos contou que Jesus foi a casa da sogra de Pedro e ela estava com febre muita alta. Jesus pegou-lhe pela mão e a febre deixou-a e ela põs-se a servi-lo! No 6º Domingo – Domingo passado - São Marcos contou-nos a cura de um leproso, o qual violando a Lei que o proibia de se aproximar das pessoas, foi ter com Jesus e pediu-lhe: Senhor, se tu queres podes curar-me! Jesus lhe respondeu imediatamente: Quero, estás curado!
Hoje, 7º Domingo do Tempo Comum – Domingo de Carnaval – o mesmo Evangelista São Marcos relata um impressionante milagre da cura de um paralítico. E com este milagre,São Marcos encerra a série de fatos incontestáveis que nos identificam Jesus como LIBERTADOR E SALVADOR DOS HOMENS. Já ouvimos o Evangelho. Não vou repeti-lo . Mas quero reafirmar que só Jesus salva; só Jesus liberta; só Jesus é o CAMINHO, A VERDADE E A VIDA. Sem Jesus ninguém é curado dos seus males físicos e espirituais; porque só Jesus é o Médico dos médicos; só Jesus é Deus e só Deus pode perdoar os pecados. Cuidado! Muito cuidado: hoje é Domingo de Carnaval. Só pronunciar esta palavra dá arrepios!.. Irmãos e irmãs, me perdoem: carnaval não é felicidade; carnaval é prazer da carne, é ISCA que o diabo prepara para saciar a fome daqueles que não pensam em Deus, nem na felicidade do Céu. Irmãos queridos fiquem em casa nestes dias cheios de perigos. Pegai o Rosário de Nossa Senhora e rezai pelos pecadores; por milhares de teus irmãos que não vão gozar a paz do espírito, mas buscar a morte da sua alma e, de certo, a morte do seu corpo também.
22 de fevereiro de 2009
Côn.Pe.Domingos G.das Eiras
(Pároco emérito)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

VI Domingo do Tempo Comum - Ano B


Só Jesus cura...

LEITURAS BÍBLICAS
PRIMEIRA LEITURA (Lv 13,1-2.44-46).
“O Senhor falou a Moisés e Aarão, dizendo: Quem tiver na pele uma inflamação ou mancha branca, com aparência do mal da lepra é considerado leproso e impuro e como tal deve viver isolado e morar fora do acampamento.”
Caríssimos irmãos e irmãs, a lepra era nos tempos antigos uma doença horrível e, praticamente, incurável. A primeira leitura da Missa explica-nos como eram tratados os leprosos no Antigo Testamento. Os sacerdotes deviam designar quem estava contaminado com a lepra e afastá-lo da comunidade. Era muito triste ver como viviam estes pobres seres humanos. Eram como uns mortos vivos! Diante deste estarrecedor espetáculo humano, perguntamos: Como Deus permitia que fossem tão mal tratados estes seres humanos! Há uma só explicação que nos faz ver como Deus se horrorizava com o pecado dos homens. A lepra era sinônimo do pecado e significava a intolerância de Deus perante o homem pecador.

SEGUNDA LEITURA (1Cor 10,31.11,1). “Irmãos: Quer comais, quer bebais, quer façais quaisquer outras coisas façam tudo para a glória de Deus. Não escandalizeis ninguém... Fazei como eu, que procuro agradar a todos. Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.”
Caríssimos irmãos: são preciosos os bons conselhos que São Paulo hoje nos dá na segunda leitura da Santa Missa. Onde estão na Bíblia tão preciosas palavras e conselhos como estes do grande Apóstolo das gentes? Vamos analisá-los um pouco: Quer comais, quer bebais... Quer façais qualquer outra coisa, faça tudo para a glória de Deus. Eis a finalidade da nossa vida neste mundo. Tudo que fizermos seja para agradar a Deus, para fazer a vontade de Deus, para dar gloria a Deus. De certo está nisto a nossa santificação e a garantia da nossa salvação. Agimos assim? Quer comamos, quer bebamos, quer façamos qualquer outra coisa, fazêmo-lo para a glória de Deus? Nota dez! Outro belíssimo conselho que este apaixonado Apóstolo de Cristo nos dá é que o imitemos assim como ele imita a Jesus Cristo. Oxalá que o pai e a mãe pudessem dizer aos seus filhos, o que São Paulo dizia de si mesmo aos coríntios: – Sede nossos imitadores, como também nós o somos de Cristo. E um colega pudesse dizer a outro colega: imita-me como eu imito a Cristo. Irmãos: não digamos: É impossível!... É difícil!... Sim, é difícil; mas não é impossível. Um exemplo: Santo Agostinho antes da sua conversão costumava ler a vida dos Santos e confrontava a sua vida com a vida deles e exclamava: Si isti et iste,cur non ego? Se estes e estas se santificaram, por que eu não me posso santificar também?

TERCEIRA LEITURA (Mc 1,40-45)Certo dia aproximou-se de Jesus um leproso que caiu aos seus pés e lhe suplicou: Senhor, se tu queres podes curar-me. Jesus olhou para ele com muita compaixão, tocou-o com a mão e lhe disse: Eu quero, fica curado! No mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado.”
Caríssimos irmãos e irmãs, o Evangelho deste Domingo revela-nos mais uma vez a carteira de identidade de Jesus Cristo. No Domingo passado vimos que a carteira de identidade de Jesus era libertar os oprimidos de qualquer doença física e espiritual. O Evangelho deste Domingo, como o do Domingo anterior é de São Marcos. Aquele que nos apresentou a cura da sogra de Pedro e de muitos outros doentes. Este conta-nos que um leproso, contra todas as normas da Lei, aproxima-se de Jesus e pede-lhe que o cure que o limpe da sua lepra. E, Jesus, contra todos os preceitos da lei, curou-o! Uma vez mais Jesus prova aos seus ouvintes que a Lei está antiga, está ultrapassada, não funciona. Jesus não veio transgredir a Lei, mas aperfeiçoá-la. Sua missão é libertar, curar, salvar; não condenar nem matar. Irmãos, no século de tecnologia tão avançada como o nosso, não podemos mais admitir leis que não funcionem, que não sejam a favor da vida, que não ajudem o homem a viver mais dignamente. Jesus lutou tenazmente contra a doença, contra o demônio, contra todas as estruturas de morte. O mesmo deve fazer os governantes dos povos. Nenhum gasto para matar. Mas muitos gastos para salvar.
Um exemplo: Durante a guerra mundial – há 70 anos, - o grande apóstolo dos leprosos (Raul Follereau) pediu ao Presidente dos Estados Unidos que lhe desse o preço de um bombardeiro e ele acabaria com a lepra no mundo. Sabe qual foi a sua resposta? O SILÊNCIO!

PENSAMENTO: O maior pecado de hoje é que os homens – governantes e governados perderam o sentido do pecado. (Pio XII).

15 de fevereiro 2009
Côn. Pe. Domingos G. das Eiras
Pároco emérito de Itaboraí

sábado, 7 de fevereiro de 2009

V Domingo do Tempo Comum - Ano B

A Identidade de Jesus Cristo

LEITURAS BÍBLICAS
PRIMEIRA LEITURA:
(Jo 7,1-4.6-7)
Jó disse: A vida do homem sobre a terra é uma luta.Para viver tem de trabalhar.Os meus dias correm mais rápido do que a lançadeira do tear e se consomem sem esperança. Lembrai-vos,Senhor,que a minha vida não passa de um sopro e meus olhos não mais verão a felicidade.
Caríssimos irmãos e irmãs, todo o Livro de Jó contém textos dramáticos. Alguns desses textos são objeto da primeira leitura desta Missa. Jó apresenta a transitoriedade e o drama do sofrimento, particularmente dos inocentes. Jó sente-se só, incompreendido pelos amigos, até pela sua própria esposa, e duramente provado por Deus. Jó,porém,não desespera, mas clama ao Senhor que se lembre dele, que tenha pena dele, antes que deixe de existir!
Exemplo maravilhoso de resignação, de fé e confiança nos dá este herói do sofrimento, o qual muito longe de falar mal de Deus, de rogar pragas, de se desesperar, passa por cima de tudo isso, que é transitório, e crê que Deus o recompensará. E recompensou. Deus jamais abandona quem nele deposita sua esperança.

SEGUNDA LEITURA: (1 Cor 9,16-19.22-23). Irmãos: Pregar o Evangelho não é para mim nenhum motivo de vanglória, é uma obrigação que me foi imposta: Ai de mim se eu não pregar o Evangelho!...
Caríssimos irmãos, São Paulo proclama, na segunda leitura da Missa, a necessidade e obrigação que tem de proclamar aos quatro cantos da terra o Boa Nova, e o fez com um suspiro: Ai de mim se eu não pregar o Evangelho! Neste pequeno suspiro São Paulo traduz toda a ansiedade que vai dentro do seu coração: Eu quero pregar, eu devo pregar, eu tenho necessidade de anunciar o Evangelho até aos confins da terra! São Paulo acha que se não levar a todos os homens a Palavra de Deus, o Evangelho de Jesus, não terá parte com o Mestre no Reino do Pai. Ide...e pregai!... É uma ordem, a última ordem que Jesus deu aos seus discípulos momentos antes de partir para o Pai. A salvação dos homens está na Palavra de Jesus. Mas,eu pergunto: Quem a anunciará? Irmãos, vocês deverão lembrar-se da primeira Leitura da Missa do Domingo passado: Outrora era Deus pessoalmente quem falava com o seu povo. Depois passou a falar-nos por meio de Moisés e dos Profetas. Ultimamente passou a falar-nos por seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas Jesus morreu! Sim, mataram Jesus. Mas Ele ressuscitou e sua Palavra de salvação continua sendo proclamada através da sua Igreja, isto é: do Papa, dos Bispos, dos sacerdotes e deverá ser proclamada também por você, meu irmão, através dos seus bons exemplos e de suas boas obras e do seu amor ao próximo.

TERCEIRA LEITURA (Mc 1,29-39) A sogra de Simão Pedro estava de cama com febre. Jesus foi ter com ela, pegou-lhe pela mão e ajudou-a a levantar-se. A febre deixou-a e ela começou a servi-lo. Ao cair da tarde trouxeram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio.Jesus curou muitos doentes e expulsou muitos demônios. De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto.
Caríssimos irmãos e irmãs: este Evangelho de São Marcos apresenta-nos a A Carteira de identidade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sabem qual é? Uma palavra só identifica a identidade de Jesus. Essa palavra já fora dita por Isaías, quando ele definiu a missão do Messias: LIBERTAÇÃO.
Quando João Batista mandou a Jesus uma embaixada para que Ele lhe desse a sua identificação, Jesus respondeu: Ide dizer a João que os cegos vêem, os surdos ouvem, os paralíticos andam! Eis, meus caríssimos irmãos, a
Carteira de identidade de Jesus. Não há outra. Jesus veio para libertar o homem do sofrimento, do demônio, do pecado. Jesus veio para perdoar os pecados, e ensinar amar-nos uns aos outros como irmãos.

PENSAMENTO: O sofrimento é um mistério, mas sem a Cruz, a nossa fé não passa de um sonho.

8 de fevereiro de 2009.
Côn.Pe. Domingos G.das Eiras
Pároco emérito de Itaboraí

domingo, 1 de fevereiro de 2009

IV Domingo do Tempo Comum - Ano B


Cala-te e sai desse homem!

LEITURAS BÍBLICAS

PRIMEIRA LEITURA (Dt 18,15-20).
O Senhor disse a Moisés: Convoca o povo e comunica-lhe da minha parte o seguinte: Depois de ti farei surgir um profeta como tu. Porei na sua boca as minhas palavras, e ele lhes comunicará tudo o que eu lhe ordenar. Se alguém não escutar as minhas palavras que o profeta dirá em meu nome, eu mesmo pedirei contas.
A primeira leitura conta-nos um pedido que o povo de Israel fez a Moisés: Não queremos mais escutar a voz de Senhor. Fala-nos tu mesmo. A história da salvação é a história de Deus que fala com o seu povo e age no meio dele. Para isso, serve-se muitas vezes de homens como Moisés, e principalmente dos Profetas. O Profeta, pois, não é apenas aquele que prediz ou revela o futuro, mas sobretudo aquele que fala em nome de Deus. É o porta voz de Deus. Jesus Cristo é o novo Moisés e a última palavra de Deus, como diz a carta de São Paulo aos Hebreus. A Igreja Católica é a sucessora direta de Jesus Cristo. É ela quem deve continuar hoje a falar em nome de Deus aos homens. A Igreja cumpre essa tarefa através dos seus pastores: do Papa em primeiro lugar, que é o sucessor direto de São Pedro a quem Jesus disse: Entrego-te as chave do Reino dos Céus, para que tudo que ligares na terra seja ligado no céu e o que desligares seja desligado também.
Com o Papa estão os Bispos e os Sacerdotes e toda a Comunidade Católica, que é a Igreja de Jesus Cristo. Ouvir o Papa e os Pastores é ouvir o próprio Jesus Cristo.

SEGUNDA LEITURA(1Cor 7,32-35). Irmãos: não queria que andásseis preocupados. Quem não é casado preocupa-se com as coisas do Senhor, e procura a melhor maneira de lhe agradar. Mas o casado preocupa-se com as coisas do mundo e como agradar à sua mulher e assim está dividido. A mulher solteira, como a donzela, preocupa-se com as coisas do Senhor e procuram ser santas de corpo e de espírito.
Caríssimos irmãos e irmãs, ao lermos esta carta dá-nos impressão que São Paulo era maniqueísta, isto é, não gostava de mulheres casadas. Não é verdade. São Paulo apreciava o matrimônio, é uma vocação santa, mas cheia de riscos. A virgindade é mais sublime, liberta o coração para o amor de Deus e aos irmãos. É nesta linha de pensamento que devemos interpretar as palavras de São Paulo: Quem casa faz bem. Quem não casa faz melhor.
O celibato sacerdotal está inserido nesta linha também. O celibato sacerdotal não é nenhum absurdo como você e outros podem pensar. Quem pensa assim é muito ignorante. Não sabe dar valor ao VALOR. Tomem nota: A jóia mais preciosa. A beleza e riqueza maiores. A mais alta dignidade do sacerdócio católico é, e será sempre, o sacerdócio célibe da Igreja Católica, Apostólica, Romana. Eu posso dar o meu testemunho pessoal sem nenhum constrangimento: Tenho 80 anos de idade ou (vida); 57 de sacerdote e 40 anos de Pároco! - Agora muita atenção: Nunca fui, nem jamais serei tão feliz como no exercício da minha vocação sacerdotal plena! Rezem por mim!

TERCEIRA LEITURA (Mc1,21-28) O Evangelho relata-nos a primeira intervenção de Jesus, logo no início da sua vida pública. Na sinagoga de Cafarnaum mandou calar um homem com um espírito impuro que em altos brados impedia de Jesus pregar. Com suprema autoridade Jesus ordena-lhe: Cala-te e sai desse homem. O espírito impuro soltou um enorme grito e saiu dele. E todos ficaram assombrados e perguntavam uns aos outros: Quem é este que fala com tanta autoridade! Até manda aos espíritos impuros e eles obedecem!
É assim o poder de Deus. Deus manda e todos temos que obedecer. Só há um poder absoluto. É o poder de Deus! Contra Ele ninguém pode. O pode paralelo às vezes reage e parece vencer a Deus. Mas não consegue. O diabo existe. Pretende ser como Deus, mas foi vencido. Todavia, tenhamos muito cuidado com as tentações, máxime, com as tentações do orgulho, do poder, da sexualidade. Estes inimigos estão lutando sempre contra Deus, e contra nós mesmos. São comparsas de satanás. Mas nós podemos vencê-los. A oração, a nossa fé, o nosso amor a Deus, a Jesus e a Maria, são a nossa força. Digamos como Jesus ao espírito impuro da sinagoga de Cafarnaum: Sai de mim, satanás, só a Deus quero... só a Deus amo!

PENSAMENTO: Tudo posso naquele que me fortalece.


1º de fevereiro de 2009
Côn.Pe.Domingos Gonçalves das Eiras
Pároco emérito de Itaboraí

III Domingo do Tempo Comum - Ano B - Conversão de São Paulo



CONVERSÃO DE SÃO O PAULO



“Eu persegui a Igreja de Deus

LEITURAS BIBLICAS:
PRIMEIRA LEITURA: (At 22,3-16)
- Eu sou judeu, nasci em Tarso da Cilícia, mas fui criado nesta cidade de Jerusalém. Tive como mestre Gamaliel. Persegui até à morte todos que seguiam o Jesus de Nazaré. Um dia, quando eu me dirigia para Damasco, a fim de prender todos os cristãos, fui derrubado do meu cavalo por uma intensa luz. Ouvi, então, uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?. Eu perguntei:Quem és tu, Senhor? Ele me respondeu: Eu sou Jesus, o nazareno, a quem tu persegues. Então,eu perguntei: Que devo fazer, Senhor? O Senhor me respondeu:Levanta-te e vai para Damasco. Ali te será dito o que deves fazer.
Caríssimos irmãos e irmãs, a razão pela qual a Igreja preteriu falar hoje de São Paulo, em vez da mensagem do terceiro Domingo do Tempo Comum é que hoje é a a conversão de São Paulo. E como estamos no Ano Paulino, a Igreja achou mais oportuno falar ao povo católico do grande e intrépido missionário, que foi São Paulo. A conversão de São Paulo é um dos episódios bíblicos que nos encanta e seduz. Por ser um episódio histórico e narrado por ele mesmo merece toda a nossa atenção. A Igreja o colocou na primeira leitura da Santa Missa para nos dar essa grande lição de humildade e de rápida obediência ao chamamento de Deus. A conversão é um fato moroso e, às vezes, até insolúvel. Temos no Evangelho dois casos, pelo menos, de chamados feitos por Jesus, mas não foram atendidos. São Paulo mal ouviu a voz de alguém que o chamava, não discutiu, quis apenas saber quem é quem o chamava. Obtida a desejada resposta: Eu sou Jesus! Não quis saber mais nada. De Saulo virou Paulo; de perseguidor virou logo defensor; de inimigo virou logo o maior apaixonado do Senhor Jesus, chegando a exclamar mais tarde: Eu não sou digno de ser discípulo de Cristo, pois eu persegui a Igreja de Deus!
Irmãos, que São Paulo nos dê a sua coragem e o seu grande amor por Aquele que ele tanto perseguiu, mas que tanto amou também.

SEGUNDA LEITURA(1 Cor 7,28-31). Meus irmãos, o tempo está abreviado: Os que têm mulher vivam como se não a tivessem. Os que choram, como se não chorassem. E os que estão alegres, como se não estivessem. E os que gozam do mundo, como se dele não gozassem. Pois a figura deste mundo passa de pressa.
Caríssimos irmãos e irmãs, tenho certeza de que se São Paulo andasse hoje por nosso mundo nos diria a mesma coisa. Sim, porque os homens mudam, mas a doutrina não muda. O que Jesus pregou, o que São Paulo pregou, será sempre pregado até ao último dia. Não diga: Agora tudo é diferente. O mundo mudou!... Concordo que o mundo, os homens, os costumes,etc... tenham mudado e muito até! Naquele tempo andava-se a pé. Hoje, anda-se de carro, de avião. Naquele tempo era necessário muitos dias e meses para atravessar o mundo, de um lado para o outro. Hoje 10 horas, 20 horas são suficientes para você beijar o seu irmão e namorada, no outro lado do mundo! Mas uma coisa não mudou. A Palavra que São Paulo e Jesus pregou e ensinou não mudou. O céu e a terra passarão, mas a minha Palavra não passará! Afirmou Jesus

TERCEIRA LEITURA (Mc 16,15-18). Jesus disse aos seus discípulos:Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a todas as gentes. Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado.
Caríssimos irmãos e irmãs, cada um de nós faz parte da Igreja de Jesus Cristo. Não podemos deixar de pôr em prática o que Jesus nos diz no Evangelho: ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a toda a criatura. Mas você dirá: pregar o Evangelho é tarefa do Papa,dos Bispos,dos Padres, dos Missionários. Não, meu irmão, você está muito enganado.Pregar o Evangelho é tarefa de toda a Igreja e a Igreja somos todos nós. Registre em sua memória estas palavras de São Paulo e diga muitas vezes: Ai de mim se eu não evangelizar!

PENSAMENTO: Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma!(Mt 16,26).

25 de janeiro 2009.
Côn.Pe. Domingos Gonçalves das EirasPároco emérito de Itaboraí

Album de fotos