quinta-feira, 24 de novembro de 2011

SOLENIDDE DE CRISTO REI

ÚLTIMO DOMINGO DO ATEMPO COMUM - ANO A

Leituras Bíblicas: 1ªLeitura: Ez 34,11-12.15-17; 2ªLeitura: 1 Cor 15,20-26,28; 3ªLeitura: Mt 24,31-46.
          Temos conhecimento de que Jerusalém tinha sido destruída pelos babilônios. O povo fugiu e refugiou-se, uns nas montanhas, outros no Egito e outros foram aprisionados e deportados. No país ficaram apenas os mais pobres, os quais com o tempo começaram a explorar os mais fracos. Os israelitas eram como um rebanho de ovelhas desgarradas e sem pastor. É nesta situação que Ezequiel na primeira leitura anuncia-lhes uma mensagem de salvação. O próprio Deus se encarregará das suas ovelhas e reconduzí-las à montanha de Israel e socorrerá os oprimidos, pobres e explorados. Na segunda leitura São Paulo fala aos corintianos da existência de dois reinos, que vão suceder um ao outro: o Reino do Messias e o Reino de Deus. O Reino do Messias existirá durante toda a história da humanidade.. Durante esse tempo o Messias iria destruindo um a um todos os seus inimigos, o último dos quais seria a morte. Estes inimigos seriam as “forças do mal” que dominam, causam sofrimento e destroem o ser humano. São a doença, a fome, a nudez, a ignorância, a escravidão, o medo, o ódio, o egoísmo e o pecado. Os que lutam contra estas forças estão construindo o Reino de Cristo. Depois surgirá o Reino de Deus, que durará toda a eternidade. Reparemos, aporém,que Cristo não eliminou a morte biológica, nem nunca a transformou numa vida plena e definitiva. Jesus foi o primeiro a percorrer este caminho e todos que morrem e ressuscitam com Ele segui-lo-ão no caminho rumo ao Pai. O Evangelho de São Mateus é terrível. Muitos pregadores o usaram para amedrontar os cristãos de seu mau comportamento. Contudo, o juízo de Deus continua de pé e continua sendo como uma dramática “prestação de contas”.
   O Evangelho deste Domingo apesar de nos apresentar dramáticas situações dos costumes da Palestina de então, não deixa de nos trazer uma séria mensagem: O juízo final! O ensinamento central do juizo final tem um único objetivo: sublinhar a importância da vida e suas obras de misericórdia. A novidade, porém, deste relato é a seguinte: Quem ama o ser humano, ame também a Deus, pois não é possível separar estes dois amores um do outro!
   A segunda parte da parábola fala da condenação.  Em que sentido devemos tomar esta expressão: Será  uma ameaça ou castigo? Não! É a verificação de um fato.  Sentença pronunciada pelo rei não deve ser entendida como a condenação de quem errou. É sim, uma dramática denúncia daquilo que deve ser evitado, para não arruinar a própria vida. A justiça de Deus, caríssimo irmão, não é como a nossa, mas consiste na capacidade de transformação de maus em justos. Ao findar o ano litúrgico o nosso grito deverá ser este: MARANATHA! Vem Senhor Jesus. Venha nós o Vosso Reino.
    20 de Novembro de 2011

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